Os orvalhos não beijam flores de plásticos!
E acaso as
manhãs pousam verdades na retina?
Verdades, verdades…
Escolha ou sina?
A força motriz de
toda opressão,
O embrião audaz
de toda guerra.
Um menino na
sinaleira tentando ganhar o pão,
Enquanto os
vidros dos automóveis se cerram.
“Paz pela
paz” – dizem as camisas das caminhadas.
E eu fico
com a clareza do latim que gastam as funerárias,
Que com a
pomba branca solta na hora esperada!
Acaso não ouviram
o crepitar dos que duvidam?
O estalar de
açoites em corpos sequestrados?
o desencanto nos
campos de concentração?
a destruição atômica
dos sonhos?
A vida plástica,
metálica, tecnológica…
Recobre os escombros
do que restamos.
As nossas
cabeças? Essas deixamos aos pombos!
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