29 de junio de 2018

Os orvalhos não beijam flores de plásticos!
E acaso as manhãs pousam verdades na retina?
Verdades, verdades… Escolha ou sina?

A força motriz de toda opressão,
O embrião audaz de toda guerra.
Um menino na sinaleira tentando ganhar o pão,
Enquanto os vidros dos automóveis se cerram.

“Paz pela paz” – dizem as camisas das caminhadas.
E eu fico com a clareza do latim que gastam as funerárias,
Que com a pomba branca solta na hora esperada!

Acaso não ouviram o crepitar dos que duvidam?
O estalar de açoites em corpos sequestrados?
o desencanto nos campos de concentração?
a destruição atômica dos sonhos?

A vida plástica, metálica, tecnológica…
Recobre os escombros do que restamos.
As nossas cabeças? Essas deixamos aos pombos!

Ivana, “pseudoinverno” de 2018.

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