15 de marzo de 2009

Nos olhos de um cão


Nos olhos de um cão
Enxergo o amarelar do tempo
Arrastando num maremoto arenoso
As fagulhas de um mundo febril
Nos olhos de um cão
Ouço o sangue que se escorre
De cada voz que silencia
Nas ágoras da agonia
Num profundo poço vazio
Nos olhos de um cão
Vejo a imobilidade catatônica
De braços viciados, indecisos
Caminhando numa inóspita rua
Escura e sem chão...
Nos olhos de um cão
Sinto o medo que inebria
Cada rosto num conto de fantasia
Uma fada, um duende, um mártir
Um anão, um lobo, um homem
Sentados numa esfera em espiral
Aguardando o alfa e o ômega


Edson de Souza - 21/11/08

3 comentarios:

  1. me encanta tu poesía
    pero que lastima que no publiques más seguido.
    son muy interesantes,
    desde que tengo mi blog (gracias a ti) empece a leer más en portugues.
    gracias amiga, me encanta el portugues y viste que parecido que es al español , no ??
    un abrazo y un besote de Montevideo !!!!
    escribí más amiga Ivana !!!
    beso

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  2. Este comentario ha sido eliminado por el autor.

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  3. En este caso me di cuenta que la poesía no era tuya, pero está bueo no solo poner poesía de uno sino también de autores que a uno le interesan,
    yo lo hago todo el tiempo !!! jejeejje
    besote amiga !!!

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