8 de marzo de 2009

Maio



Maio,
Rosa desbotada,
Em ti as súplicas desmaiam
De uma mão desamparada.

Maio, amanheces
Tão amaro e amargas,
Em ti mais um clamor se ergue,
Mais uma lágrima te malha.

Maio,
De sabor caustico,
Cheirando a mofo,
Tens som de tango triste
E a tez do desgosto.

Maio,
Sem pétala, sem néctar,
Marcada pela espera,
Tolhida por incertas primaveras.

Maio,
Onde o medo transplanta um desejo
De logo ver
Outra Maio
Em outros maios.

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